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Diary Entries in Brazilian Portuguese

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Posted by Raquel Dezidério Souto on 10 October 2023 in Brazilian Portuguese (Português do Brasil). Last updated on 10 February 2024.

Mapeamento colaborativo

Recentemente, uma discussão entre mapeadores levantou a questão da utilização da base cartográfica mundial do OpenStreetMap, por entidades humanitárias internacionais, como os Médecins sans frontières (Médicos sem fronteiras), Red Cross (Cruz Vermelha), Humanitarian OpenStreetMap Team (Time Humanitário do OpenStreetMap) ou o UN Maps (programa ligado às missões de paz das Nações Unidas).

O projeto OpenStreetMap OSM teve seu início em 2004 e, quase 20 anos depois, conta com milhões de usuários e bilhões de feições mapeadas em diversas regiões do mundo. Para muitas destas regiões, os dados do OSM são os mais atualizados, ou mesmo os únicos disponíveis. Especialmente, em regiões rurais e distantes dos grandes centros urbanos, como diversas cidades das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do Brasil [1].

Algumas campanhas de mapeamento (mapatonas), realizadas em resposta à ocorrência de eventos extremos, como inundações, movimentos de massa ou terremotos, produziram mapeamentos em tempo muito reduzido - como a mapatona da cidade de Petrópolis (RJ), realizada no início de 2023 e completada em apenas uma semana, após os eventos de deslizamentos de terra e inundação da cidade.

Ou a mapatona da cidade de Muçum (RS), realizada em 2023, cuja rapidez pode ser vista no vídeo elaborado por Fidelis Assis:

imganima

Cabe ressaltar que estas campanhas de mapeamento não visam substituir as funções que são formal e legalmente atribuídas às instituições de defesa civil e de resgate, em quaisquer países, mas podem contribuir enormemente para a produção de dados críticos para as atividades de socorro, que são realizadas por essas mesmas instituições.

Campanhas que ajudam a salvar vidas

O mapeamento de edificações, vias e pontos de interesse (POI), como escolas, hospitais, postos de saúde, igrejas e outros, facilitam a geolocalização das equipes humanitárias em campo e, em muitas situações, quando não há como distinguir facilmente os objetos em meio à destruição, como vimos nas imagens dos efeitos do terremoto que atingiu o Marrocos e a Líbia, ainda neste ano de 2023.

imagem1 Edição de área afetada pelo terremoto no Marrocos, no editor JOSM. Fonte: Wiki OpenStreetMap [2].

imagem2 Efeitos do terremoto em Marrakesh–Safi, 2023. Fonte: Wiki OpenStreetMap [3].

imagem3

Membros do Libyan Red Crescent, na cidade de Derna, onde milhares de pessoas foram mortas depois do colapso das edificações em diversos locais. Fonte: The New Humanitarian [4].

Esperamos que os mapeamentos colaborativos continuem a promover a construção do conhecimento espacial do nosso território e a propiciar o suporte às equipes humanitárias e outros grupos, que necessitam de dados atualizados e livremente disponíveis, para a realização de suas atividades.

Referências:

[1] Souto, Raquel Dezidério et al. Vazios cartográficos: os desafios da ausência de mapeamento oficial. Ciência Hoje, out. 2021. https://cienciahoje.org.br/artigo/vazios-cartograficos-os-desafios-da-ausencia-de-mapeamento-oficial/

[2] 2023 Morocco Earthquake. Wiki OpenStreetMap. https://wiki.openstreetmap.org/wiki/2023_Morocco_Earthquake

[3] 2023 Marrakesh–Safi earthquake. Wiki OpenStreetMap. https://en.m.wikipedia.org/wiki/2023_Marrakesh%E2%80%93Safi_earthquake

[4] Annie Slemrod. Libya and Morocco: A quick breakdown of north Africa’s double disaster: ‘They needed to tell their pain and someone to hear them.’ The New Humanitarian, 13 sept. 2023. https://www.thenewhumanitarian.org/news/2023/09/13/libya-and-morocco-quick-breakdown-north-africas-double-disaster

Um evento especial

Entre os dias 31 de setembro e 04 de outubro de 2023, foi realizado o State of the Map Brasil 2023, evento que reuniu os mais ativos grupos de mapeadores do OpenStreetMap (OSM) e incluiu preleções sobre o estado-da-arte da pesquisa e desenvolvimento com OSM no Brasil.

Contribuímos na organização, com a parceria do Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável - IVIDES.org, e a apresentação de três palestras e uma exposição virtual - Amazônia no Mapa, com uma seleção dos mapas confeccionados pelos participantes da OBRAC 2023.

A Conferência foi promovida pela Universidade Federal do Paraná e coordenada pelo Laboratório Geoespacial Livre, em cooperação com vários capítulos YouthMappers brasileiros.

Curso OpenStreetMap 2023 - fluxo contínuo - certificados 2×/ano

➡️ PDF - https://l1nk.dev/8Q5bL

🎥 Vídeo palestra - https://www.youtube.com/watch?v=J_O36g7B6uY&t=120s

➡️ Website do curso - https://ivides.org/curso-osm-2023

Exposição Amazônia no Mapa

➡️ PDF - https://acesse.one/b00hD

🎥 Vídeo palestra - https://www.youtube.com/watch?v=J_O36g7B6uY&t=6793s

➡️ Atlas Digital - https://ivides.org/olimpiada-brasileira-de-cartografia-obrac-2023/exposicao-virtual

Apresentação do Capítulo YouthMappers UFRJ

➡️ PDF - https://acesse.one/m0dGv

🎥 Vídeo palestra - https://www.youtube.com/live/l1_ytUEImnc?feature=shared&t=36

🌎

Atualização - Dados do Censo Demográfico 2022


Dados de população

Os dados de população dos municípios brasileiros foram atualizados pelo mapeador Fidelis Assis, membro do OpenStreetMap Brasil.

Os dados são oriundos do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram publicados no D.O.U. de 31/08/2023.

O total populacional é atribuído com a etiqueta population=N ( sendo N, o total), no ponto que representa o município (etiqueta place=city). E também nas relações.

Como exemplo, a consulta da cidade de Maricá no OSM - Figura.

Dados de geocódigo IBGE

Além desta atualização da população, Fidelis Assis e outros membros do OpenStreetMap Brasil também estão realizando a verificação dos dados de geocódigo IBGE, comparando os dados na base do OpenStreetMap com os que estão na base do IBGE - Figura.

Segundo a wiki Pt:Key:IBGE:GEOCODIGO, a chave IBGE:GEOCODIGO é utilizada exclusivamente no Brasil para possibilitar interações do OSM com o IBGE e outras instituições, sendo atribuída nas relações.

Ela tem como valor um código que identifica unicamente uma região administrativa brasileira no IBGE, podendo ser um município (admin_level=8), estado (admin_level=4), mesorregião, microrregião ou distrito.

Fidelis Assis verificou que, em alguns estados, os nós de municípios estão com IBGE:GEOCODIGO, que corresponde ao mesmo do primeiro distrito, o que necessita ser corrigido. A proporção dos nós problemáticos foi calculada por ele:

Rio de Janeiro: 4 (4%) Espírito Santo: 22 (28% ) Minas gerais: 60 (7%) São Paulo: 533 (84%) Paraná: 377 (96%) Rio Grande do Sul: 451 (91%)

Segundo Fidelis Assis, essas etiquetas precisariam ser removidas dos nós (edição simples) e as relações administrativas dos diversos níveis atualizadas com seu respectivo código IBGE (o que levaria mais tempo).

Divisas no OpenStreetMap

No evento State of the Map Brasil 2023, outro mapeador do OpenStreetMap Brasil, Igor Eliezer Borges, apresentará a palestra “Divisas administrativas OSM no iD e JOSM”.

Consulte as informações e realize sua inscrição no página do evento.

O Instituto AddressForAll em parceria com a Esri começa a liberar pacotes de dados cedidos por centenas de prefeituras do Brasil e outros países. São mapas de eixos de vias, lotes, edificações, divisas de bairros, pontos de endereços e quadras, que podem ser carregados no QGIS e JOSM para melhorar o OpenStreetMap.

Os dados serão disponibilizados em licença CC0 e CC-BY com permissão para o OSM (as licenças estará no box de metadados de cada pacote de dados) . A primeira cidade liberada é Cachoeiro do Itapemirim/ES, Brasil. Confira post no blog do Instituto.

Post blog AddressForAll: https://blog.addressforall.org/e66bce20076b

Comentários, sugestões e questões para orientar as próximas liberações também são bem-vindos.

(postagem do Instituto AddressForAll)

Location: Centro, Cachoeiro de Itapemirim, Região Geográfica Imediata de Cachoeiro de Itapemirim, Região Geográfica Intermediária de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, Região Sudeste, Brasil

Como presidenta do Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável - IVIDES.org, idealizei, organizei e ministrei o curso de “Capacitação em mapeamento com OpenStreetMap”, para dar início às atividades do Capítulo YouthMappers UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, do qual, sou também presidenta e conto com a colaboração do Dr. Manoel Fernandes, professor mentor; do Dr. Paulo Menezes, professor mentor colaborador, todos nós do Lab. GeoCart-UFRJ; e ainda, com a fundamental colaboração de alunos e alunas do nosso laboratório e de unidades vizinhas do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, especificamente, da Geologia; da Meteorologia e da Ciência da Computação e Núcleo de Computação Eletrônica - NCE. Poderia desfiar um rosário de instituições nacionais, principalmente do Rio de Janeiro, que fazem parte do nosso grupo de pesquisa, mas estou aqui para falar do nosso curso!

Apresentação do curso

O curso foi ministrado entre os dias 20 de julho e 24 de agosto de 2023 e transformou-se em um curso de fluxo contínuo, uma vez que houve interesse de demais pessoas, que conheceram a iniciativa após o início de sua realização. Assim, aos participantes que concluirem com sucesso - vide as condições presentes no portal https://ivides.org/curso-osm-2023, serão emitidos certificados ao final das fases de seis meses. Os envios de resultados são realizados por esta mesma plataforma e os certificados serão enviados por e-mail cadastrado no curso (vide no mesmo local, o portal web, as informações sobre a Secretaria).

O curso oferece os recursos básicos para os(as) concluintes atuarem no mundo do mapeamento colaborativo, via Internet, com o OpenStreetMap, desde a sua participação como um(a) mapeador(a) até a organização de uma mapatona (maratona de mapeamento coletivo) ou validatona (validação coletiva) - caso especial dos professores(as) que estão participando, mas também de integrantes de organizações não governamentais (ONGs), de organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip), segundo a nomenclatura brasileira; e de outros grupos interessados (iniciativa privada e orgãos governamentais).

O conteúdo do curso abrange a utilização de diversos softwares para mapeamento, sejam da nuvem ou standalones (instalados no computador local) ou ainda, mobile (para dispositivos móveis), importantes no contexto da coleta de dados em campo. Os três editores mais utilizados - iD, RapiD e JOSM são incluídos e o participante tem a chance de criar um mini projeto de mapeamento e depois o realizar, com seu tema e local de interesse.

Este formato mais aberto e flexível permitiu que fossem tratados diversos temas pelos participantes, tais como: a geolocalização das torres de energia, a distribuição das árvores na praça próxima à própria residência; o mapeamento do entorno da própria escola; e, de modo geral, o mapeamento de aspectos de interesse para diversos segmentos, como educacional, turístico, ambiental etc.

Audiência

De fato, o curso atraiu um grande número de pessoas, refletido no total de 280 inscritos até o seu início; e de diferentes níveis de formação educacional, desde alunos dos ensino médio e técnico até acadêmicos e professores universitários, além de profissionais que atuam em diversos âmbitos, governo ou iniciativa privada.

Para minha grata surpresa, nós tivemos o interesse e a participação de alunos(as) de alguns países africanos, podendo ser citados: Angola, Moçambique e Congo. E, falando sinceramente, me valeram muito os ensinamentos de Séverin Menard, da UN Maps Initiative (Crowdsourcing Team) e o curso que ele ministra, via, recentemente criada, plataforma de ensino à distância, o UN Maps Learning HUB.

O curso de Séverin nos mostra as paisagens africanas, com seus huts - habitações construídas com materiais naturais do local, e isolated_dwellings - locais de habitações isoladas e (frequentemente) onde não chegam vias; com rigor técnico e informações úteis, ensinando, por exemplo, como inserir os fords nos cruzamentos entre vias (highways) e cursos d’água (waterways); ou como validar uma tarefa, utilizando o Java OpenStreetMap Editor (JOSM).

Merci, Séverin! Foi realmente uma experiência incrível mapear na África. A quem se interessar, os projetos UN Mappers estão disponíveis na plataforma HOT Tasking Manager.

Potencialidades da modalidade EAD aplicada

Como potenciais relacionados à aplicação desta modalidade de ensino à distância, e especialmente, o ensino de mapeamento colaborativo, via Internet, puderam ser apreendidos por mim, durante o desenvolvimento do curso:

  • Possibilidade de participação de pessoas de qualquer parte do mundo

  • Capacitação de pessoas com variados níveis de formação educacional

  • Possibilidade de interação com outros grupos de mapeadores

  • Compartilhamento de dúvidas, em fóruns de discussão e outros meios

  • Possibilidade de escolha livre de temas para mapeamento

  • Fortalecimento do sentimento de identidade com o local

  • Fortalecimento dos sensos de cooperação e colaboração

  • Possibilidade de criação de projetos em conformidade com o local

  • Possibilidade de desenvolvimento de novas aplicações web

Desafios da modalidade EAD aplicada

No entanto, a utilização desta modalidade de ensino carrega algumas dificuldades em locais remotos ou quando o participante tem pouca familiaridade com os sistemas e aplicativos que funcionam via Internet:

  • Dificuldades de conexão, especialmente, em áreas remotas

  • Diferenças entre os idiomas dos participantes

  • Pouca familiaridade com soluções baseadas na Internet

  • Dificuldades relacionadas aos equipamentos utilizados, ou seja, pouca memória ou pouco poder de processamento

  • Dificuldades inerentes à instabilidade ocasional dos sistemas na web

  • Requer maior curva de aprendizado, do que para aprender a usar aplicativos que funcionam no computador local (standalone)

  • Pouca familiaridade com licenças de dados e as limitações relacionadas

Direitos de uso

O material está licenciado com CC BY-NC-SA 4.0 International. Consulte condições em https://ivides.org/curso-osm-2023. IVIDES.org é uma marca registrada.

Conteúdo programático

PARTE 1 - O que é importante saber antes de mapear na web com OSM?

  • Conceitos iniciais: escala, sistema de referência e projeção cartográfica

  • Mapeamento na Internet (Web mapping)

  • Ponto de interesse (POI) e área de interesse (AOI)

  • Informação geográfica voluntária (VGI) e SIG de participação pública (PPGIS)

  • Tipos de variáveis e formatos de dados geoespaciais

  • Transformando variáveis qualitativas em quantitativas

  • O que é o OpenStreetMap (OSM) e o que ele não é!

  • Licença ODbL: o que isso implica na prática

  • O que são mapatonas e validatonas

  • O que não posso esquecer ao mapear com OpenStreetMap

PARTE 2 - Modelo de dados e armazenamento no OpenStreetMap

  • Elementos

  • Objetos

  • Rótulos

  • Expressão dos elementos em XML

PARTE 3 - Download e upload de dados OpenStreetMap

  • Download de dados, segundo o volume de dados e a temática

  • Upload de dados - iD, RapiD, JOSM, APPs, API do OSM

  • Programas que realizam conversão entre formatos de arquivos de dados

  • Programas que realizam a importação (e exportação) de dados para o (e do) RSGBD PostgreSQL

PARTE 4 - Download de dados e acesso aos editores mais utilizados

  • Consulta e download dos dados em https://osm.org

  • Download no QGIS (versão 3.22 ou superior) - plugins QuickOSM e QuickMapServices

  • Consulta no OverPass Turbo

  • Acessos pelo editor iD e pelo JOSM

PARTE 5 - Editores iD e RapiD e gestores de tarefas (HOT Tasking Manager/ TeachOSM Tasking Manager)

  • Uso do editor iD, editor default (padrão) em https://osm.org

  • Uso do editor RapiD

  • Uso dos gestores de tarefas: HOT Tasking Manager e TeachOSM Tasking Manager

PARTE 6 - Editor JOSM

  • Detalhamento do uso do editor JOSM

  • Download, validação e upload de dados no JOSM

PARTE 7 - Mapeamento no campo: aplicativos para dispositivos móveis

  • APPs para editar pontos de interesse (POIs) e áreas de interesse (AOIs)

  • APPs para realizar registro de fotografias

  • APPs para gravação de rotas

PARTE 8 - Como planejar mapatonas e como se comunicar

  • Dicas para o planejamento de mapatonas

  • Principais canais de documentação e comunicação

  • Comunidades OSM

Após desfrutar de um delicioso café da manhã no encantador distrito de Lapinha da Serra, partimos animados para a desafiadora travessia da majestosa Serra do Tabuleiro. Essa região é um verdadeiro tesouro natural, repleta de características únicas que encantam os aventureiros.

Durante nossa jornada, fomos agraciados com paisagens deslumbrantes e uma diversidade impressionante de vegetação. A serra é famosa por abrigar formações rochosas, cânions exuberantes, cachoeiras cristalinas e uma rica fauna e flora

Uma das partes mais desafiadoras da travessia foi a ascensão ao cume do Breu, onde praticamente precisamos nos aventurar em uma escalada. Lá em cima apreciamos ainda mais a grandiosidade da serra.

Por volta das 15 horas, atravessamos o Rio Parauninha, claro que não deixamos de entrar. Próximo a esse local, descobrimos um trecho que foi carinhosamente nomeado de Prainha, uma área com areia qu simula uma praia, embora alimentada pelas águas do rio. Foi nesse momento que nos deparamos com o primeiro e único grupo que encontramos durante toda a travessia. Admiramos sua iniciativa de explorar a região em bicicletas.

Ao longo do caminho, passamos por diversas porteiras. Cruzamos campos onde rebanhos de bois e vacas pastavam tranquilamente, em meio a uma paisagem que parecia ter saído de um cartão postal.

Enquanto o sol se punha, continuamos em nossa caminhada, proporcionando um espetáculo visual único.

Enfim, chegamos ao acampamento, onde nos acomodamos, relembramos os desafios superados e nos preparamos para descansar. A sensação de realização e gratidão nos acompanhou enquanto nos entregávamos ao merecido descanso.

Location: Lapinha da Serra, Santana do Riacho, Região Geográfica Imediata de Sete Lagoas, Região Geográfica Intermediária de Belo Horizonte, Minas Gerais, Região Sudeste, Brasil

9 August

In 2023 the project birthday, the OpenStreetMap 19th Anniversary Birthday party will be celebrated on or around 9th August 2023 in cities all around the world!

OSM 19th Birthday Celebration by UmbraOSM. An online meet-up to map, talk about OSM and drink. It is planned to map the building of a suburb of São José dos Pinhais, PR, called Quississana. Join us on Meet Jitsi, starting at 20:00, GMT-3, São Paulo Time Zone. Join us also on Telegram

https://tasks.hotosm.org/projects/15381/

https://wiki.openstreetmap.org/wiki/OpenStreetMap_19th_Anniversary_Birthday_party

Como dito anteriormente, para as pessoas que estão interessados em aprender mais sobre o JOSM, gostaria de compartilhar alguns vídeos que registrei durante meus mapeamentos. Estes vídeos oferecem um pouco do meu processo e podem ajudar aqueles que são novos no JOSM ou que desejam aprimorar suas habilidades.

Aqui estão os links para os vídeos:

  1. Vídeo 1
  2. Vídeo 2
  3. Vídeo 3
  4. Vídeo 4
  5. Vídeo 5

Estes são apenas alguns exemplos do trabalho que tenho feito. A intenção é mostrar um pouco do processo de mapeamento e fornecer alguns recursos educacionais para a comunidade OpenStreetMap.

Além disso, em breve espero começar a publicar conteúdo adicional no meu blog, Balaio Cientifico. Fique de olho para mais atualizações!

Estou de Volta ao OpenStreetMap

Olá a todos,

Depois de uma longa pausa, estou finalmente de volta ao OpenStreetMap. Quero compartilhar algumas novidades que podem ter impacto significativo no modo como continuamos a mapear nosso mundo.

Aquisição de um Novo GPS

A primeira grande notícia que quero compartilhar é que finalmente consegui adquirir um GPS. Esse é um avanço enorme para mim, pois irá melhorar muito a precisão do mapeamento, especialmente nas regiões rurais.

  • Por que o GPS é tão importante?

Até então, contava principalmente com mapas baseados na web e imagens de satélite para realizar minhas contribuições. Embora estas sejam ferramentas úteis, têm limitações, especialmente quando se trata de áreas rurais, onde a cobertura do satélite pode não ser muito clara ou atualizada.

  • Quais são os benefícios?

Com um GPS, agora posso coletar dados no terreno, tornando as contribuições muito mais precisas e úteis. Seja uma trilha pouco conhecida, um ponto de referência ou uma estrada rural, posso garantir que esses recursos sejam representados com precisão no OpenStreetMap.

Projetos Futuros

A segunda grande notícia é que, apesar da pausa, minha paixão por mapeamento não diminuiu. Na verdade, ela só aumentou. Quero levar minha experiência e conhecimento a um público maior, ajudando a educar mais pessoas sobre o valor e a importância do OpenStreetMap.

  1. Blogging

Em breve, começarei a abordar mais sobre o OpenStreetMap no meu blog, Balaio Cientifico. Planejo compartilhar dicas úteis, truques, guias passo a passo e relatórios de experiências. Este será um ótimo recurso para novatos e veteranos do OpenStreetMap.

  1. Tutoriais

Além disso, tenho planos de criar tutoriais de vídeo, mostrando como maximizar o uso do OpenStreetMap e do GPS para criar os melhores mapas possíveis.

Eu já criei alguns vídeos no meu canal no youtube. Se você ainda não visitou, te convido a dar uma olhada.

Por hoje é só. Em breve eu volto escrevendo mais.

Utilizo o editor online do próprio OSM e a algumas semanas estou tendo esse problema com a camada Maxar de Imagem de fundo. Por mais que eu recarregue a página o mosaico não carrega mais do que uns poucos (e sempre os mesmos) quadros.

Por conta disso tive que voltar a editar utilizando a camada Bing, a menos desatualizada entre as outras opções que restam. Mas infelizmente (pelo menos na minha região) a camada Bing tem uma diferença de ângulo e/ou sobreposição que faz com que todas as edições feitas na camada Maxar agora fiquem um pouco fora do lugar.

Screenshot-25

O estranho nisso tudo é que tanto a camada Bing quanto as camadas Esri e Mapbox carregam perfeitamente, só mesmo a Maxar que não. Daí eu desconfiar que não seja um problema local (da minha conexão de internet).

Enfim, alguém sabe se isto é um problema geral?

Location: Esperança, Inhapim, Região Geográfica Imediata de Caratinga, Região Geográfica Intermediária de Ipatinga, Minas Gerais, Região Sudeste, Brasil

Por quem é utilizado?

Faço essa pergunta porque conheci a plataforma recentemente como uma recomendação para resolver conflitos de localização dentro do Instagram. E me veio a dúvida de como, por que, por quem e pra quem é feito esse mapa.

Claro, são usuários comuns utilizando. Mas estas grandes corporações se baseiam nestas informações? Alguém saberia me dizer?

Location: Setor Hoteleiro Norte, Brasília, Plano Piloto, Região Geográfica Imediata do Distrito Federal, Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, Região Geográfica Intermediária do Distrito Federal, Distrito Federal, Região Centro-Oeste, Brasil

Esta é uma tradução para o português da publicação que foi originalmente postada em espanhol no Blog Periodismo Ciudadano.

O OpenStreetMap Humanitarian Team (HOT) é uma organização global dedicada à ação humanitária por meio do uso de mapeamento participativo e dados abertos. Eles apóiam uma comunidade global de milhares de apoiadores voluntários criando e usando dados abertos de cidadãos para resposta humanitária e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Atividades realizadas pelo Hub na Guatemala e no México em 2022

Atividades realizadas pelo Eixo na Guatemala e no México em 2022.

Em 2022 abriram um escritório regional para a América Latina que acaba de completar um ano de atuação, por isso aproveitamos para conversar com Celine Jacquin, geógrafa francesa radicada no México e responsável pelo projeto.

P.C - Qual o motivo da abertura do Hub de mapeamento aberto na América Latina pela HOT?

C.J - Isto responde a uma estratégia de localização desenvolvida pelo HOT há três anos, que consiste em ter equipes locais que conheçam muito bem o seu país e os países vizinhos em termos de cartografia aberta e comunidades relacionadas. Isso tem sido canalizado por meio da abertura física ou virtual de escritórios regionais. Começou no Sudeste Asiático/Ásia Pacífico, depois na África: a parte noroeste e a parte sudeste e, finalmente, na América Latina e no Caribe.

Celine Jacquin falando sobre HOT no evento GIRD+OSM em Lima, Peru, outubro de 2022.

Celine Jacquin falando sobre HOT no evento GIRD+OSM em Lima, Peru, outubro de 2022.

A estratégia de localização do HOT vem de sua compreensão do diálogo que mantém há vários anos com comunidades de mapeamento aberto ao redor do mundo, e de sua postura para mudar a visão colonialista que às vezes é atribuída a organizações humanitárias internacionais. A HOT tem querido transformar-se e atuar do local para as comunidades, tendo as pessoas locais - que são também ativistas e participantes em comunidades open source e Openstreetmap - como parte das suas equipas de trabalho.

Na região iniciamos com uma fase experimental e uma dinâmica muito comunitária que permitiu ao HOT desenvolver as suas linhas de atuação totalmente alinhadas com o que os nossos aliados precisam, ou seja, qualquer tipo de comunidade, organização, governo e comunidade OpenStreetMap.

P.C - O que este Hub de Mapeamento Aberto oferece às diferentes comunidades?

C.J - Queremos trabalhar com comunidades focadas em soluções para um problema que tem impacto na realidade, em temas como cidades sustentáveis, gestão de desastres e resiliência, saúde, igualdade de género e migração ou deslocação de populações. A ideia é disponibilizar conhecimentos metodológicos, competências técnicas, ferramentas e também apoio através da articulação com mais comunidades e financiamentos, para mapear exaustivamente determinadas áreas e determinados temas ou fazer visualizações de dados.

Atividades realizadas pelo Eixo na Guatemala e no México em 2022.

Atividades realizadas pelo Eixo na Guatemala e no México em 2022.

Por exemplo, tendo melhores mapas ou visualizando suas informações por meio de cartografia, eles podem ajudar suas comunidades a se locomover melhor, a acessar melhor os serviços de que precisam, a transmitir informações às populações que não estão conectadas, a defender causas perante as autoridades, a promover mudanças nas leis, para melhorar suas buscas de financiamento para ampliar seu escopo, para fazer educação digital com jovens, etc. etc.

P.C - Que desafios surgiram neste primeiro ano de atividades?

C.J - Um desafio tem sido encontrar o equilíbrio entre juntar as comunidades com os seus próprios temas, e a vontade da organização de também desenvolver novos temas onde não temos necessariamente redes. Isso exigiu o desenvolvimento de redes desde o início, por exemplo em países como os da América Central em torno da questão da migração. Tem representado algum esforço para formar grupos de trabalho iniciais que permitam a aproximação às comunidades que podem depois definir como querem usar os mapas para aumentar os seus impactos junto das populações migrantes.

Atividades realizadas pelo Eixo na Guatemala e no México em 2022.

Atividades realizadas pelo Eixo na Guatemala e no México em 2022.

Onde não há uma rede inicial, é mais difícil dialogar em torno do mapeamento aberto como instrumento que contribui para causas sociais. É preciso primeiro criar esse conhecimento, demonstrar sua utilidade.

P.C - E ao nível das conquistas, o que poderia apontar?

C.J - A nossa fase experimental foi uma conquista em si, o seu objetivo era poder testar todas as configurações possíveis de colaboração com os mais diversos atores, e para atividades ou projetos dos mais variados, sendo como uma preparação para aquilo que seria o futuro do Hub e conseguir colaborar da forma mais justa e esperada com os atores e comunidades. Assim se desejou para o ano de 2022 e alguns projetos tiveram sucesso mas outros não saíram ou se transformaram pelo caminho, ou demandaram mais tempo e é exatamente isso que nos permite entender como continuar. O objetivo era aprender a colaborar e ao mesmo tempo conseguir a formação de uma rede inicial.

Por outro lado, uma grande conquista foram as colaborações com grupos de estudantes em várias universidades para alcançar um impacto real em determinados projetos. Um dos objetivos de longo prazo do Hub é desenvolver uma estratégia educacional ambiciosa em torno do mapeamento aberto, tornando a qualidade dos dados um critério central. E bem, ao longo de 2022 convidamos alunos que se formaram a fundo para participar de projetos de grande abrangência e que agora também são capazes de formar outros, formando uma corrente positiva. A experiência nos permitiu afinar a estratégia que continuaremos a desenvolver capacitando muitos jovens em muitos lugares, vinculando-os ao setor de políticas públicas e à cartografia oficial e melhorando positivamente o mapa do Openstreetmap.

Dos países que raramente são mapeados na região, os diferentes projetos com atores locais têm permitido contribuir muito com o mapa, especialmente na América Central e na Cordilheira dos Andes.

P.C - Como você resumiria o estado do mapeamento aberto na região?

C.J - O mapa do Openstreetmap é desenvolvido por comunidades que já existem na região há muitos anos, mas de forma desigual. Houve comunidades muito ativas, por exemplo, na Colômbia, Brasil, Chile, Argentina ou México, e países com muito menos participação comunitária, como a América Central. Nestes países, o mapa apresenta deficiências e dependeu de interesses específicos de pessoas em determinados períodos, ou de empresas que promoveram o mapeamento de determinadas infraestruturas. Em geral, deve ser melhorada a cartografia das zonas rurais, procurando-se a exaustividade da cartografia das infra-estruturas (nomeadamente rede viária, povoações e edifícios posteriormente).

P.C - Você é co-fundadora do Geochicas -um grupo de mulheres mapeadoras- qual é o papel atual das mulheres na comunidade de mapeamento da América Latina? Há muitos mapeamentos?

C.J - GeoChicas foi formada como uma rede quando as poucas mulheres do Openstreetmap Latam perceberam nossa baixa participação proporcional. Esta não é apenas uma preocupação estatística, mas percebemos que, ao querer participar na organização de eventos ou liderar ações de mapeamento em particular, era difícil para nós interagir com homens que tendem a ter um modo relacional rude e às vezes desrespeitoso, e que este modo relacional, embora algumas mulheres pudessem lidar com isso, desencorajava a maioria de nós a participar de comunidades de mapeamento.

Prova da necessidade de um espaço separado, onde haja maior confiança para ter um relacionamento agradável, tirar dúvidas, treinar, dialogar, é que essa rede tem mantido um crescimento permanente e muito rápido, começando com 6 pessoas no final do State of the Map de São Paulo em 2016, e já conta com mais de 300 membras.

O papel das mulheres na comunidade de mapeamento aberto, como o papel de muitas outras minorias, é absolutamente fundamental para produzir um mapa que represente a diversidade. Em termos práticos, significa que o mapa deve apresentar elementos e oferecer informações para todas as categorias da população, em termos de equipamentos, serviços, tipos de objetos à venda, formas de se locomover nas cidades e no território, etc. É uma questão de justiça social, já que o mapa é uma ferramenta de fazer política e de uso diário.

A GeoChicas tem trabalhado ativamente para representar no mapa o tipo de informação que as mulheres precisam encontrar. Por exemplo, detalhar as informações sobre serviços hospitalares para que as mulheres possam encontrar dados para cuidar de sua saúde feminina, infantil e geriátrica (está comprovado que as mulheres são as que mais cuidam desses outros grupos populacionais). Também desenvolve projetos de ciência de dados com perspectiva de gênero e promove a formação de mulheres e meninas em ciências geoespaciais.

P.C - Já que estamos falando de dados, qual é a política de uso de dados do Hub e como você está disponibilizando esses dados para a comunidade regional de dados?

C.J - Os dados mapeados na plataforma Openstreetmap estão disponíveis para todos desde que esta plataforma seja aberta. Portanto, os projetos que apoiamos participam do fortalecimento do mapa para qualquer outro uso. Para os atores que não possuem nível técnico suficiente para baixar os dados do Openstreetmap diretamente, também damos orientação para um acesso mais direto. (Por exemplo, existe a plataforma Humanitarian Data Exchange)

Quando os projetos apoiados pelo Hub geram mais dados privados, estes são fechados caso a caso. Pode ser o caso, por exemplo, de informações sobre migrantes, o que pode representar um risco e perigo para eles ao torná-las abertas. Mas, em geral, dialogamos com os atores para que os dados que não representem perigo ou não coloquem em risco a privacidade sejam compartilhados em plataformas abertas com licenças adequadas.

P.C - Que planos tem o Hub para 2023?

C.J - Em 2023 a equipe vai reforçar a sua estrutura. No ano de 2022, trabalhamos de uma forma que foi uma escuta aberta ao que as comunidades, organizações e governos queriam e precisavam do mapeamento aberto. Agora, com base nessas lições, as formas e linhas de trabalho devem ser fortalecidas.

Em segundo lugar, a equipe vai reforçar a sua capacidade de financiamento, de forma a poder financiar o trabalho das comunidades e o seu acompanhamento. E por fim, uma terceira linha importante será investir na qualidade dos dados, desenvolvendo toda uma equipe voltada para isso.

P.C - Como eles podem entrar em contato com você ou saber mais sobre o Hub?

C.J - Você pode visitar a página do Hub e entrar em contato conosco a partir daí. e nos siga nas redes sociais, onde procuramos publicar bastante, principalmente no Twitter e Instagram, ah e estamos no fediverso também.